30 abril 2009

me dá um abraço?

sou uma pessoa de poucos amigos, apesar de estar rodeada por eles, e dos bons. com essa mania de enxergar pessoas, acabo me escondendo delas.

hoje encontrei alguém que me desmontou, e descobri que gosto de ser desmontada de vez em quando. o mais legal é que foi uma pessoa completamente desconhecida, mas que tem uma bagagem de "estudo de pessoas" maior que a minha, e com diploma.

eu me lembrei que eu sou uma pessoa como outra qualquer, com problemas, dúvidas, angústias, e me vi vulnerável, e daí, legível.

o melhor de tudo isso é que consegui entender que abro mão de me enxergar para enxergar os outros (talvez tentando me enxergar nos outros).

decidi que vou fazer terapia, pela primeira vez na vida senti que não posso adiar a minha necessidade de me expor.

um amigo uma vez me falou de uma música (i'm actual - the format), que começa assim:

"can we take the next hour and talk about me?
talk about me, oh we'll talk about me
talk about me, and we'll only talk about me"

o restante da música não faz muito sentido, mas durante muito tempo eu fiquei perdida nesse refrão, pensando em como olhar pra alguém e conseguir pedir: podemos falar sobre mim agora?

eu aprendi a ser menos confidente, menos amiga, menos mãe, mas não aprendi ainda a usar as palavras pra dizer aquilo que eu realmente deveria e gostaria.

essa semana 3 sonhos meus foram adiados por forças da natureza, preciso falar sobre isso, não pro mundo, mas pra quem tiver um abraço sobrando.



sentimental? eu? só hoje... infelizmente... vou tentar prolongar!!!

17 março 2009

putas

as putas me encantam...

não por serem putas, mas porque sempre me encantou observar e estudar o comportamento das pessoas, assim como o meu próprio...

me pego muitas vezes a andar pelas ruas badaladas de são paulo só observando as pessoas e imaginando nome, profissão, gostos e desgostos. só preciso aprender a transformar isso em contos.

muitos dos meus amigos e conhecidos já foram alvos das minhas estranhas análises. com os mais íntimos sempre rende uma cerveja e mil opiniões, com os mais distantes eu só observo, penso, concluo e guardo.

eu consumo a personalidade das pessoas até esgotá-las.

triste é quando encontro alguns amigos vazios que acabam me cansando muito depressa. em compensação sempre tem aqueles que não canso de estudar, e, mesmo não querendo, acabo encontrando neles um pedaço do que eu sou.

acho que vivo demais na realidade.

um pouquinho de cabeça nas nuvens não me faria mal!!!